segunda-feira, 18 de julho de 2022

MENTE INSANA


 

Faz tempo que não escrevo nada nesse blog, estou sem animo, sem vontade nenhuma, acho que estou entrando em depressão, completei 67 anos e a cada dia aumenta mais o meu medo de descobrir que estou com Alzheimer.

Fico comparando a minha idade com a idade de minha irmã, faço contas de quanto tempo levou para ela ser diagnosticada e quantos anos se passaram ate o seu falecimento.

Fui procurar um neurologista, fiz uma ressonância magnética de crânio e o diagnostico que ele me passou foi o seguinte: pode ser que sim pode ser que não, mas há evidencias

Ele me passou o mesma medicação que minha irmã tomava e um medicação manipulada caríssima, passei a acreditar que estava com a doença,

Num retorno marcaram outro medico e levei a ressonância para este ver, ele disse a mesma coisa: consegui depois de vários anos consulta com neurologista pelo SUS, e levei o meu exame para a Dra. Luciana, ela olhou, olhou e me disse:

- não estou vendo nada aqui que diagnostique você com Alzheimer, o exame esta de acordo com sua idade

Ela me fez vários testes de memoria superiores aos que os médicos do Saúde Total tinham feito, e cancelou todos os medicamentos que tinham prescrevido para mim

- Roseli, não vejo razão para você estar tomando esse remédio manipulado caríssimo sem precisão alguma, e este outro Heimer a dosagem que te prescreveram é tão mínima que se você estivesse mesmo com Alzheimer não estaria fazendo efeito algum.

A Dra. Luciana pediu vários exames de sangue pra mim, infelizmente depois que fui marcar retorno com ela para ver os exames de sangue ela não esta mais no GRENDAAC, mas marcaram meu retorno com outro neurologista no NIS, fiz o mesmo, levei os exames de sangue e a ressonância magnética para ele que olhou e me disse que estava normal, para eu não me preocupar, mas mesmo assim ainda tenho duvidas, pois sou muito esquecida, as vezes esqueço compromisso, nome de pessoas, de bairros da minha cidade, se estou conversando com alguém quero falar alguma coisa, nome de algum bairro, loja, supermercado, cidade ou igreja, ai foge da minha lembrança, só que depois eu lembro, tudo isso me assusta, me deixa mal, eu não consigo ser feliz, acho que nunca fui...

quarta-feira, 20 de abril de 2022

A VIDA É PRECIOSA

 MORREMOS TODAS AS NOITES

E RESSUCITAMOS AO AMANHECER...

AGRADEÇA A DEUS POR CADA DIA...

A VIDA É PRECIOSA...

NÃO A DISPERDICE...

terça-feira, 12 de abril de 2022

DUVIDAS DE ESCRITAS


Em posts passados falei sobre pessoas que usam expressões estranhas na nossa língua portuguesa, ex: Eu peguei e falei ( o que essa pessoa pegou antes de falar?) ele quis matar nois, nois ficou com medo (?????)  agente foi embora (agente não é agente de espionagem?)  a gente foi ou a gente pegou também não esta errado? não seria mais certo falarmos: nos fomos, nos fizemos?
E ultimamente em vários posts nas redes sociais tenho notado muitas pessoas usam mim no lugar de me, ex: ele mim falou, ele mim deu...
E também usando ão invés de am,  ex: eles tomarão o ônibus,  o certo seria eles tomaram o ônibus, enfim, vejo muitos jovens e até mesmo adultos cometendo essas gafes no dia a dia...

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

CRIANÇAS SÃO OU MALDOSAS?

Não quero mais falar da minha família, talvez num futuro post eu volte no assunto, mas no momento quero falar sobre crianças, sobre a mente destes que eu creio entender um mínimo.

Todos falam que crianças são inocentes, não tem maldade, que são puros, eu tenho duvidas, pois quando pequena passei por situações que nunca esqueci.

A primeira que lembro foi com minha madrinha, eu era muito apegada a ela, e certa vez ela me levou na casa de uma vizinha, esta vizinha tinha uma filha mais velha do que eu, antes de irmos embora minha madrinha Encarnação pediu para me levar ao banheiro, e a dona da casa ordenou que a menina mais velha me levasse.

Já no banheiro a menina proferiu palavras que não entendi, me chamou de fresca e enfiou o dedo no meu olho, eu chorei e as duas amigas vieram ver o que acontecia, eu falei que a menina tinha enfiado o dedo no meu olho, mas a mãe inventou uma desculpa, o restante não lembro mais.

A segunda vez foi um fato que já mencionei aqui, mas vou relembrar, minha irmã mais velha era amiga da filha da vizinha que morava em frente a nossa casa, minha irmã foi lá conversar com ela e me levou, essa moça chamada Eni tinha vários irmãos entre eles uma garotinha mais ou menos da minha idade, minha irmã conversava segurando na minha mão, essa garotinha chegou bem perto de mim, me deu um enorme e sonoro tapa e abriu a boca a chorar.

Minha irmã na hora me deu varias palmadas e me repreendeu por algo que não fiz, eu não falei uma palavra, acredito que talvez eu ainda não tinha aprendido a falar, mas nunca me esqueci disso.

Entrei para o ensino primário aos seis anos de idade, lembro dessa data ate hoje, da minha irmã conversando com a professora enquanto ela fazia a minha matricula, eu encolhida de medo sentada na carteira que a professora indicou, a volta da escola para casa, a rotina diária.

Depois de algum tempo já sabendo o caminho passei a ir para a escola e voltar sozinha, pois naquele tempo era mais tranquilo e tinha um policial no horário escolar para atravessar as crianças na rua com segurança.

Em outra sala de aula tinha umas crianças bem morenas e maiores do que eu, talvez no segundo ou terceiro ano primário, eu era uma criança muito pequena para minha idade de seis anos, muito magra, branquinha com sardas no rosto, e cero dia elas me cercaram na rua e perguntaram algo que não entendi direito o porque, mas entenderia com o passar do tempo.

- ei menina! você toma muito leite?... (rindo)

- porque você esta me perguntando isso?...

Passei a ser perseguida por essas garotas, e para me livrar do assedio delas mudei o caminho, me livrando assim de um mal maior como agressão física.

Aos nove ou dez anos minha mãe me mandava ir ao empório, açougue, venda etc, um dia ela me mandou comprar carne, tinha um açougue no inicio da rua palermo, e lá fui eu

Nesta rua morava uma família cigana que tinha algumas meninas mais velhas do que eu, nesse tempo e ate dias de hoje eu caminho nas ruas absorta com meus pensamentos, as vezes nem vejo meu filho e sobrinhos ate que eles interrompam meu caminho

Acontece que quando passei por essa casa as garotas estavam no muro e começaram a mexer comigo, me chamando de orgulhosa e tal, eu ignorei e continuei sem dar atenção, mas as meninas por meio de um canudo atiravam canudinhos de papel em mim, retornei para casa escolhendo outro caminho.

Adulta casada e separada, construí minha casa em outra cidade e mudei com meu filho, foi muito bom para mim ter controle da minha vida longe dos meus familiares, aprendi a usar o Procon quando alguma coisa adquirida no comercio dava problema, certa vez fui ao Procon que fica na praça da Se na cidade de São Paulo, tinha uma fila enorme, a pessoa passava nessa triagem e depois era encaminhada para aguardar o atendimento nas mesas, tinha varias filas de cadeiras para que as pessoas aguardassem sentadas.

Estranhei que diversas pessoas estavam em pé sendo que tinha duas fileiras de cadeiras desocupadas, numa delas tinha uma garotinha de uns cinco anos sentada, pedi licença e ela me barrou o caminho para que eu não sentasse,  então forcei o caminho   e passei por ela que me desferiu diversos tapas, perguntei quem era a mãe daquele ser e chamei atenção da mulher que estava na fileira de trás, a dona falou algo sobre eu não ter paciência com crianças, eu respondi que se ela não a corrigisse dali alguns anos ela estaria apanhando da própria filha.

Numa outa vez eu estava sentada num banco esperando pela composição(trem) que me levaria para casa, sentou do meu lado uma senhora com uma menina de uns seis anos, essa criança começou me medir descaradamente me olhando dos pés a cabeça diversas vezes, a certa altura ela me encarou e me lascou um beliscão...

- Olha a sua filha esta me beliscando!!!...

A mulher na hora deu varias palmadas na menina além de uma bronca bem dada, a garotinha se encolhei e passou a me olhar com o rabo dos olhos.

Teve varias ocorrências como esta que eu relatei de crianças perseguindo crianças e de criança tentando intimidar adultos, mas estes casos que relatei foram os que marcaram minha vida, por isso digo: criança tem maldade sim, a maldade já nasce com a pessoa, acredito que estas são as que vencem na vida pisando nas outras, e pessoas como eu passam na vida desapercebidas, sendo perseguidas por seus colegas e superiores na vida, eu sofri muito desde de que entrei para o mercado de trabalho, tanto em empresas como nos hospitais em que trabalhei, no meu ultimo emprego sofri com profissionais da minha área e com supervisores também, agora sou aposentada, mas tenho uma família toxica, da qual me afastei mudado de cidade, apesar de serem cidades próximas, mas estou sem contato com meus irmãos, não sei ate quando...



quinta-feira, 8 de abril de 2021

MINHA LINDA HELGA - PARTE 2

- A lindinha esta prenha, se ele der cria a pelo menos três cachorrinhas uma é da senhora... 

- Não precisa Dona Maria, a senhora cria para vender, não vá dispor de uma cachorrinha maltes para me fazer presente...

- Ah Dona Roseli, eu vou fazer esse agrado sim, uma cachorrinha para esquentar seus pês a noite...

Eu realmente não queria, meu quintal de quinhentos metros requeria cachorros grandes para guarda, ai de repente minha amiga e vizinha quer me presentear com um filhote de pequeno porte? definitivamente eu iria recusar.

Mas o tempo foi passando e a ideia de ter uma pequena criaturinha na minha cola foi amadurecendo, e eu já imaginado qual nome daria para ela, procurei na internet lista de nomes para cachorro, encontrei tanto para machinho como para femeazinha, e este realmente me agradou...

- Ela vai receber o nome de Helga...

- Não mãe, ai vou chamar ela de eguinha...

- vai ser Helga sim...

E no dia em que ela nasceu a Dna Maria tinha uma consulta que nao poderia faltar e me pediu ajuda

- Dona Roseli, a lindinha esta nos dias para dar cria, hoje eu não posso faltar na consulta medica, a senhora poderia olhar ela pra mim? qualquer coisa a Graziela chama a Senhora...

- pode deixar Dona Maria, eu e a minha amiga cabelereira estaremos a disposição...

Naquele dia eu ia fazer pé, mão e tingir os cabelos, não lembro mais o nome da cabelereira mas ela já estava em casa.

Quando ela ia começar a tingir meus cabelos a filha da Dona Maria veio me chamar...

- Dona Roseli, acho que a lindinha vai dar cria, ela esta deitada muito quieta...

- Tudo bem Grazi, qualquer coisa me chama...

Mas dali a poucos minutos ela veio novamente chorando...

- ah dona Roseli, vai lá ver a lindinha por favor...

E lá fui eu e a cabelereira ver a cachorrinha, ela estava prostrada, nem se mexia, já tinha nascido um cachorrinho e parecia que ela estava sem forças para parir os outros, resolvemos então traze-la para minha casa, a cabelereira entendia um pouco do assunto, mas mesmo com todas as manobras os cachorrinhos não nasciam.

         Liguei para a casa de ração do bairro onde tinha um  veterinário ficava o dia inteiro durante a semana, ele veio, e conseguiu trazer ao mundo cinco filhotes lindos, sendo dois machos e três fêmias, depois dos filhotes nascidos a cachorrinha melhorou e a Dona Maria chegou bem na hora que o ultimo nascia,

          E foi assim que minha Helga veio ao mundo, na minha casa, alegrou meus dias por 13 anos e meio, eu a vi nascer...e vi morrer...


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

MINHA LINDA HELGA

 


Minha pequena, minha companheirinha de todos os momentos, eu a vi nascer, e vi morrer, hoje 17/08/2020 esta fazendo uma semana que você partiu e deixou meu coração amargurado, eu sabia que ia doer, mas não que ia doer tanto, eu te amei desde o primeiro momento, e amarei para todo o sempre, aquela criaturinha branca que pesava apenas 550gr que nasceu na minha casa com mais quatro irmãos e irmãs, quantas alegrias me deu, quanto carinho, quantos momentos felizes tivemos,e nos momentos de angustia sempre estava ao meu lado, como vou sobreviver sem você minha lindinha...

Dento de casa quando eu saia do alcance dos seus olhinhos redondos e negros logo ia me procurar, quando estava tomando banho deita-se ao lado do box sobre o tapetinho ate que eu terminasse meu banho, passeávamos pelo condomínio de manha cedido e ao anoitecer quando o movimento era menor, pois você queria brigar com qualquer cachorro que estivesse em nosso caminho não considerando seu diminuto tamanho. 

E agora minha pequena, com quem esta solitária mulher vai conversar, com quem vou falar meloso ameaçando bater na cuseliquinha??? (só de brincadeira)

- pela aí, pela aí que vai apanhar na cuselica, bem na cuseliquinha...

- vou papar a pancinha, to com fome de pancinha...

E eu beijava a sua barriguinha quente, isso era o ``papar pancinha´´

Quantas beijoquinhas eu lhe dava enquanto descia com você nos braços para passear pelo condomínio, e dentro de casa, eu passava o dia conversando e te mimando, agora estou só.

Minha pequena, você foi presente de ``Jesuzica´´ um presente lindo que veio para confortar meus dias, foi um empréstimo dos céus, e agora o céu reclamou você e te levou para longe de mim, foram 13 anos e 6 meses ao seu lado, tenho que agradecer a Deus esse tempo que passamos juntas, mas foi muito difícil ver você na mesa da veterinária sofrendo e  partindo aos poucos sem que eu pudesse fazer nada para você ficar, obrigada meu bebe, pelo tempo que você dedicou a mim...

Da sua mãezinha...

ROSELI 💓

quinta-feira, 16 de julho de 2020

AMIZADE AMIZADE NEGÓCIOS A PARTE - EMPATIA

Neste post vou relatar a empatia entre pessoas, que por bondade ou simplesmente amizade são capazes de ajudar, ceder, emprestar sem esperar retribuição alguma, mas quando precisam de algum favor se veem numa situação vexatória e levam um sonoro não na cara de alguém que muito auxiliou.

Eu li esta estória num post do Facebook e me impressionou muito, pois vivi algo semelhante. Respondi para esta pessoa relatando minha estória, e percebo que a falta de empatia não foi somente no meu caso ou no caso dela por uma resposta que recebi, segue os depoimentos abaixo:

Kadu Fernandes

Gente, há uns 6 meses atrás, meu vizinho, pediu a senha da minha internet.

Eu passei e pensei...

- Tranquilo, não custa nada, até porque eu me dou bem com ele. Ontem, eu estava chegando em casa e ele estava no portão.

Paramos e conversamos um pouco como sempre, quando ele me disse todo feliz que colocou Netflix. Eu então falei brincando...

 - ando trabalhando bastante, mal tenho tempo de ver TV, mas legal, depois me empresta a senha, para eu ver umas séries...

Então a esposa dele, que estava sentada na varanda, disse...

- Não tem como não, porque sou eu quem pago e não é para sair distribuindo por aí não...

Reinou um silêncio total!!!

Ele, sem graça, pediu desculpas, e eu disse pra deixar para lá. Seguimos falando de outro assunto. E eu entrei pra minha casa.

Logo depois, a esposa do meu vizinho saiu chamando por ele, parecia nervosa, dizendo que a tv não estava funcionando. Ele entrou, e eu fiquei ali olhando da janela.

Depois de alguns minutos ele e a esposa saíram e vieram me chamar e disseram que a net não estava funcionando, que a senha não entrava...

Virei pra eles e disse...

- eu troquei a senha, pois sou eu que pago e não é para sair distribuindo por aí"...

A esposa ficou vermelha e tentou argumentar, eu logo disse...

- Senhora, vamos fazer assim, eu fico com minha internet e vocês com sua Netflix e tudo fica numa boa e ninguém se aborrece.

Eles entraram de cara feia e bateram o portão. Nunca mais falaram comigo.

*A história não é minha, mas é para refletir!!!

Amizade tem que ser recíproca.

Amor tem que ser recíproco.

Afeto tem que ser recíproco.

Daqui por diante pretendo retribuir o silêncio com silêncio, as ausências com ausências, o carinho com carinho, a amizade com amizade e a lealdade com lealdade.

Chega de viver sentimentos de uma só via. Sentimentos têm que ter mão dupla!

Rose Sant para Kadu Fernandes

Eu passei por situações semelhante em varias ocasiões, na maioria das vezes com dinheiro, tive uma amiga no ultimo hospital em que trabalhei que estava construindo assim como eu, vivíamos endividadas e usando sempre o limite do LIS (um limite que bancos fornecem a seus cliente que quando usado cobra juros exorbitantes) vira e mexe ela me pedia dinheiro emprestado, eu nunca neguei, mas era sempre retirado do LIS, ela sabia e pagava direitinho, sei que emprestei umas quatro vezes, um dia minha afilhada veio passar a semana na minha casa, eu sem dinheiro nem para comprar uns ovinhos para mistura, ela e meu filho combinando de ir ao playcenter ( que na época funcionava a toda vapor) e é claro, o passeio seria por minha conta, de onde eu ia tirar uns caraminguás??? Mas é claro, da minha amiga, para quem mais eu ia pedir algum se não fosse para a pessoa a qual eu já tinha emprestado varias vezes? pois bem, cheguei no hospital subi para meu setor, recebi o plantão, e num momento de folga desci para o terceiro andar onde minha amiga trabalhava (eu trabalhava no quarto andar) ela estava conversando com uma pessoa bem em frente a escada, cheguei nela e falei...

- Fram, eu preciso falar com você..

- pode falar...

- ah, mais eu queria em particular...

- pode falar aqui mesmo...

Eu fiquei meio sem graça de pedir empréstimo na frente dos outros, mas fazer o que?

- Bom, a minha afilhada veio passar a semana comigo, ela e o meu filho estão combinando de ir ao playcenter, mas eu não tenho dinheiro nem para a mistura do dia a dia, quanto mais para pagar ingresso do playcenter para os dois, então resolvi te pedir algum emprestado...

Ela olhou para mim com um olhar frio e balançou a cabeça negativamente de um lado para outro e disse...

- eu sei que você já me serviu algumas vezes e agradeço, mas não tenho dinheiro para lhe emprestar...

Eu senti um frio tão grande naquele momento que congelei, fiquei por uns quinze segundos olhando para ela sem acreditar no que ouvi, tudo bem se ela falasse para mim com um pouco mais de empatia...

- Ah Rose, eu sinto muito, você já me socorreu tantas vezes e agora não posso fazer o mesmo...

Eu entenderia, mas daquele jeito??? quando sai do torpor me virei e sai de cabeça baixa subindo as escadas de volta para meu setor. A amizade esfriou, quase nem a via mais a não ser que coincidisse de descermos no mesmo horário para o jantar. Passou algum tempo, uma tarde eu estava marcando ponto para entrar em serviço, notei um vulto se aproximando de mim, era ela, com a voz toda melosa me pedindo empréstimo, respondi...

- Não tenho, só disponho de um pouco do LIS para passar ate o final do mês...

- Ah Rose, me empresta do LIS mesmo, você sabe que pago direitinho...

Sabem o que fiz...

EMPRESTEI!!

Marcia para Rose Sant

já eu não sei se emprestaria...

Rose Sant para Marcia

Pois é Márcia, mas no meu caso eu tenho muita empatia pelas pessoas mesmo que elas não correspondam as minhas expectativas, eu jurei para mim mesma que nunca mais emprestaria um tostão para ela, mas eu sabia das dificuldades pelo qual ela passava, sozinha com um filho pequeno na época e a única das filhas cuidando da mãe doente e construindo apesar de todo o problema de saúde que a acometia (ela já tinha feito duas cirurgias cardíacas para troca de válvula cardíaca) eu ate tentei negar empréstimo a ela, mas não tive coragem, essa minha amiga veio a falecer no ano 2000 devido a uma terceira troca de válvula cardíaca que não deu certo.

(Próximo post continua a saga do filho único)